segunda-feira, 28 de março de 2011

Agonia.


Um turbilhão de pensamentos, um aperto bem no meio dos peitos, uma dor no coração, uma cabeça cheia de questionamentos.
Nenhuma resposta, nenhuma solução, nenhum conforto.
Apenas a mesma música, o mesmo ritmo, um som em meio ao silêncio.
Não sei como lidar, acho que nunca soube, ainda não fui inteligente o suficiente para descobrir como.
Ninguém vem ao meu encontro, ou será que eu não consigo mais enxergar as pessoas?
O que sei é que esse sentimento está a cada dia se apossando mais de mim, em todos os sentidos, até mesmo quando estou “tranqüila”.

Quem sabe se eu fugir, me esconder, me isolar eu consiga me encontrar, chegar ao centro de tudo, buscar minha essência perdida e ai poder voltar a uma vida dita normal. Quem sabe um dia alguém me chame de comum, diga que eu estou sóbria e que eu não tenho nenhum resquício de uma vida regada a loucura...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Não se pode encontrar o que já se perdeu.

"Um menino assustado querendo mascarar o medo com a agressividade.Um menino. Curvo-me para ele. Tão esguio que meus braços o rodeariam por completo. Por um instante ele ficaria inteiro preso dentro dos meus limites."

(Caio Fernando Abreu: Inventário do Ir-remediável)



Desejo maior que razão
Qualquer motivo não é compreensível
Diferença que destrói
Uma sensatez embriagada
De sexo cheio de fogo
Onde o carinho não tem lugar
E a distância chega outra vez
Me encontro sabendo que já me perdi.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Coisa de vidas.

Questão de satisfação.
Eu pensei que fosse isso.
Mas acabo percebendo que talvez não seja.
Quem sabe foi/é apenas um momento.
Mas estou me satisfazendo.
Em partes, é claro.
Culpa minha, tenho certeza.
Sempre é!
A cabeça roda, o corpo padece, o coração estremece.
E acredite, eu choro.
Sou fraca ainda. Aprenderei a não ser.
Dizem que a vida ensina.
É, uma nova vida deve mesmo ensinar.