terça-feira, 6 de setembro de 2011
Mal acabado.
como um horizonte embaçado
olhos de quem teme
sempre desviados
com receio de querer
mas perder
nunca é a pior parte
quando não se tem
força nem para tentar
começar é bonito
e destruir
causa medo
aquele que eu quero tanto te mostrar.
domingo, 7 de agosto de 2011
Reencontro.
Ao ver-te me perco
Acelero o coração
Perco os sentidos
Desconcerto-me
Tentando concertar
Cometo os mesmos erros
E tu te aborreces comigo
Mas palavras não são nada para nós
Nossos olhos falam
As lágrimas lavam
E nos perdoamos
Porque sabemos
Que nosso encontro não foi em vão
Que os sentimentos
São recíprocos e verdadeiros
E que queremos muito isso.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
No bar.
“Me passa o cigarro?!”
Nem bêbada, nem louca, nem desesperada
(não mais do que sempre estive)
Estou é lúcida pra caralho
E sei que não tenho saída
Ouvir tua voz me dói tanto...
Querer tira as forças
Já nem sei mais pra onde ir, nem o que fazer
Se ao menos você me amasse um pouco
Não estaria aqui, agora, neste bar, sozinha, longe de você
E de mim.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Puro rock.
Embalados pelo som que sai de bocas embriagadas
Desnorteados pela fumaça que ofusca os olhares
Nós, amantes dessa energia que nos dá prazer
Exalamos o cheiro da ânsia que nos consumia
E realizarmos o desejo de nos pertencermos.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Impossível desviar
As cores
E (des)amores
Daquele que atiça
E corrompe os meus olhos
Suas luzes e gestos
Não me machucam por fora
Mas lá dentro já tem lugar marcado
No topo da arquibancada lotada
Em meio ao espetáculo principal
O palhaço fica desinteressante
No momento em que sou atraída
Pelo flash que sempre rouba a minha atenção
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Inventário do Ir-Remediável
Caio F. Abreu
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Sem sabor
Um beijo nada é quando dado sem vontade
De uma forma tão forte que atinge
Quem sabe sentir o verdadeiro gosto das coisas
Quem sabe se doar
Porém aquele que o recusa
Já acostumado com o evitar cotidiano
Um ser sem gosto de amor na vida
Não sente o seu verdadeiro sabor
Quando alguém se enche de vazio
O olhar, o sentir, o tocar e o viver
Não significam
Nada!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
(?)
Por temor que ele caia, não vejo ninguém aflito,
Só que ninguém se entende, somos estrangeiros."
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Feito pra acabar.
Haverá de ser quando tiver que haver
Ou sim ou não
Talvez coubesse
Quem saberá?
Quando encontrar
Favor avise
E não vá
Fique
Querer pode ser poder
Um dia
Ou dois
Você ainda mora
Aqui
Juntos
Porque imaginar não é pecar
E mesmo que
Volte
Mude-se
Pra sempre
Me perco
Contigo
Faço questão!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Não é o que parece.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Muito querer.
Ou sorrir, só sorrir.
Seria simples e fácil, eu sei. Mas eu tenho medo.
Se eu pudesse sonhar junto com você... Se você pudesse sentir bonito...
Quando você me olha fica tudo lindo e eu estremeço.
Sonha, sonha mais. Não pare de sonhar meu bem.
Quem sabe daqui a pouco eu possa estar nos teus sonhos também.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Agonia.
Um turbilhão de pensamentos, um aperto bem no meio dos peitos, uma dor no coração, uma cabeça cheia de questionamentos.
Nenhuma resposta, nenhuma solução, nenhum conforto.
Apenas a mesma música, o mesmo ritmo, um som em meio ao silêncio.
Não sei como lidar, acho que nunca soube, ainda não fui inteligente o suficiente para descobrir como.
Ninguém vem ao meu encontro, ou será que eu não consigo mais enxergar as pessoas?
O que sei é que esse sentimento está a cada dia se apossando mais de mim, em todos os sentidos, até mesmo quando estou “tranqüila”.
Quem sabe se eu fugir, me esconder, me isolar eu consiga me encontrar, chegar ao centro de tudo, buscar minha essência perdida e ai poder voltar a uma vida dita normal. Quem sabe um dia alguém me chame de comum, diga que eu estou sóbria e que eu não tenho nenhum resquício de uma vida regada a loucura...
quarta-feira, 16 de março de 2011
Não se pode encontrar o que já se perdeu.
"Um menino assustado querendo mascarar o medo com a agressividade.Um menino. Curvo-me para ele. Tão esguio que meus braços o rodeariam por completo. Por um instante ele ficaria inteiro preso dentro dos meus limites."
(Caio Fernando Abreu: Inventário do Ir-remediável)
Desejo maior que razão
Qualquer motivo não é compreensível
Diferença que destrói
Uma sensatez embriagada
De sexo cheio de fogo
Onde o carinho não tem lugar
E a distância chega outra vez
Me encontro sabendo que já me perdi.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Coisa de vidas.
Questão de satisfação.
Eu pensei que fosse isso.
Mas acabo percebendo que talvez não seja.
Quem sabe foi/é apenas um momento.
Mas estou me satisfazendo.
Em partes, é claro.
Culpa minha, tenho certeza.
Sempre é!
A cabeça roda, o corpo padece, o coração estremece.
E acredite, eu choro.
Sou fraca ainda. Aprenderei a não ser.
Dizem que a vida ensina.
É, uma nova vida deve mesmo ensinar.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Culpa dos cabelos.
“PERDEU-SE dele logo após encontrá-lo, numa véspera de São João. Não sabia que ia perdê-lo, não sabia sequer que iria encontrá-lo. Não sabia também da véspera - junho, São João.”
(Caio Fernando Abreu: Os dragões não conhecem o paraíso)
Só ela sabe e guardava esse segredo consigo.
O tinha visto naquela tarde, naquele lugar que lhe era familiar, nem sabia de sua existência, mas o notara desde o primeiro momento – quando saído de dentro do seu automóvel chega mais perto e cumprimenta um amigo em comum e aos demais (não a ela em especial) – para si não tinha importância, era apenas mais um simpático e que lhe atraia pelo fato de não atrair mais ninguém.
Sem que entendesse ela o encontrava casualmente e deixava tudo da mesma forma que havia sido no “primeiro encontro”... Ela agora o conhecia, ele continuava sem saber. Nada foi forçado, mas ela não sabe quando nem como foi notada. O que havia de acontecer, foi. Ela apenas tentava propiciar encontros (sem que ele notasse sua presença), mas juntos. Alguém dos sonhos, das vontades, dos desejos mais profundos. Motivo de comentários e questionamentos para com os amigos ou até mesmo com aqueles que eram amigos do dito. Tinha que haver uma chance, alguma descoberta importante sobre. Buscou, fuçou e descobriu que sua presa era fácil. “Ele é uma pessoa dada.” Disseram.
Não queria mais ser anônima, mas também não iria assumir-se. Foi ser amiga, conhecida, mas amiga só.
Mas como diria, o destino encarregou-se de surpreender a sofredora de amor e numa noite despretensiosa, numa festa de música caipira ela teve a oportunidade que precisava e viveu.
Foi muito feliz, gostou, apaixonou-se, iludiu-se, decepcionou-se e continuou sendo amiga e continuará o sendo, se o acaso/destino permitir...
*Um breve relato sobre a longa história dos cabelos culpados.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Retroceder.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
O impulso da vida.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Aquilo que sai da boca de pessoas imundas e bate na porta do meu quarto impedindo que eu fume o meu ultimo cigarro com tranqüilidade não atormenta minha mente vazia de pensamentos secos. Apenas me ensina a não compartilhar de frutos tão podres quanto a imaginação desses seres. E lhes digo uma coisa: Se ainda somos capazes de usar a "inteligência" façamos isso com o mínimo de decência.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Maria.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Pouco nos importa.
Nós chegamos a um ponto em que não sabemos como fazer, nós não temos idéia de como agir. Nem se quer conseguimos conversar sobre e parece que aos poucos vamos nos perdendo, eu com meus ideais de mudança, você com seu jeito tranqüilo de quem não pensa
O engraçado é que não nos esforçamos para que as coisas mudem, porque todas as vezes que estamos juntos simplesmente esquecemos... Nada é mais importante do que nosso prazer.
Dessa forma tudo vai passando e mesmo que não queiramos as coisas mudam ao nosso redor, até mesmo nosso jeito único de querer.
Nesse momento em que escrevo não tenho vontade de ir ao seu encontro e conversar sobre estas coisas, mas sinto uma vontade enorme de estar ao seu lado, não que nós sejamos dois bobos apaixonados, não se trata disso, é algo maior, maior que desejo (às vezes), algo capaz de transformar ou destruir com as nossas benditas vidas.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Impulsiva(mente).
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Nada, além de tempo.
Todos dizem que o tempo é capaz de curar até a maior das feridas. Pode ser.
No meu caso ela apenas cicatrizou, mas ainda dói muito e eu posso ver as marcas.
Apesar de ter se transformado muita coisa em mim e ao meu redor e de eu ter “esquecido” completamente o dito passado ele insiste, e volta para cobrar o que eu não deixei resolvido e totalmente esclarecido.
Mas eu como mulher forte e inteligente que penso em ser, não posso fugir.
Eu vou me ferrar outra vez, mas vou lá, perguntar a minha vida o que realmente ela quer de mim, ou pra mim.
(texto escrito em 2010, mas que não tinha sido postado na época)